Portaria do Parque Nacional

Até recentemente a entrada no Parque Nacional era franca, mas limitada a um determinado número de pessoas por dia. O horário de funcionamento é de 8 às 17 horas, com entrada permitida somente até as 14 horas. Não é permitido acampar ou entrar com veículos, motocicletas e animais. Veja ICMBio.
Para saber se o Parque está aberto à visitação, confirmar sobre a entrada gratuita, tratar de outros assuntos, inclusive sobre acesso às cachoeiras localizadas no interior da unidade de conservação, entre em contato diretamente com o ICMBio/IBAMA, através dos telefones: escritório da administração do Parque, (31) 3718-7151 / 3718-7475 / 3718-7481 / 3718-7469; Superintendência de Minas Gerais em Belo Horizonte, (31) 3555-6102; ou ainda, para e-mail, através do FALE CONOSCO daquela autarquia federal.


BREVE HISTÓRICO DO PARQUE NACIONAL

No início dos anos 70 foi pleiteada a criação de um parque para proteger as belezas naturais da Serra do Cipó.

Após estudos da flora e fauna e elaboração de um detalhado levantamento da área, em 1978 o parque estadual foi criado. Entretanto como o governo estadual não possuía recursos suficientes para promover as desapropriações, os conservacionistas mineiros com o apoio da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência reivindicaram a transferência da área para o governo federal.

A partir daí o antigo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) conseguiu adquirir amigavelmente dos proprietários mais de 40% das terras, sendo que no dia 25 de setembro de 1984 foi publicado o Decreto nº 90.223 criando o Parque Nacional da Serra do Cipó.

As justificativas para a criação do Parque Nacional da Serra do Cipó foram:

I) A proteção da fauna e da flora, devido ao alto grau de endemismo de suas espécies (há muitas espécies que só existem na Serra do Cipó);

II) A proteção da bacia de captação do rio Cipó, importante pelas suas cachoeiras e águas límpidas e com bom índice de balneabilidade, cujas nascentes estão dentro do parque;

III) A preservação das belezas cênicas da região que são procuradas pelos visitantes, motivados pela presença de rios, córregos, cachoeiras, cânions, vegetações exuberantes, paredões para a prática de escalada, cavernas e trilhas para caminhadas.

Situado na serra do Espinhaço o Parque possui uma área de 33.800 hectares que corresponde à superfície total da cidade de Belo Horizonte, um perímetro de 154 quilômetros, está localizado na área central do estado de Minas Gerais, na parte sul da cordilheira do Espinhaço, envolve terras dos municípios de Jaboticatubas, Santana do Riacho, Morro do Pilar e Itambé do Mato Dentro, e, desde 2007, é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), sendo que a partir de então o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) ficou, dentre outras, com as atribuições de licenciamento, controle e fiscalização ambientais.

Visando dar uma maior proteção aos ecossistemas da região, dia 26 de janeiro de 1990 o governo federal através do Decreto nº 98.891 criou a área de proteção ambiental denominada APA Morro da Pedreira, que circunda todo o Parque e envolve uma superfície de 66.200 hectares.

A região do Parque caracteriza-se por altitudes significativas, em geral variando entre 900 e 1.600 metros, sendo que alcança na Serra da Mutuca, extremo sudeste do Parque, 1697 metros. Este relevo acidentado dá origem a cachoeiras e corredeiras de grande beleza visual, a exemplo das cachoeiras da Farofa e da Braúna e o cânion dos Confins.

Em locais de topografia propícia e drenada por muitos córregos a flora aquática também é muito rica em variedades.

O clima na serra é do tipo tropical de altitude com verões frescos e estação seca bem definida, sendo que as temperaturas médias oscilam entre 17 e 19ºC.

A topografia e a variação do clima nas diversas altitudes do Parque deram origem aos seguintes principais tipos de vegetação:

I) MATAS DE GALERIA – localizada no fundo dos vales úmidos e ao longo dos cursos d’água, constituída de vegetação mais desenvolvida e frondosa, sendo suas principais espécies o pau-pombo, a copaíba, o limãozinho, as quaresmeiras, os crótons e as samambaiaçus;

II) CAMPOS RUPESTRES – são campos limpos caracterizados por gramíneas diversas e tufos de vegetação arbustiva, estes constituídos principalmente por canelas-de-ema (velósias gigantes), sempre-vivas, bromélias e cactos, além de inúmeras espécies de orquídeas. Em geral eles se situam em altitudes superiores a 900 metros, onde normalmente não encontramos poeira, daí o colorido de suas pedras só é alterado pela presença abundante de liquens das mais variadas formas e cores, geralmente emoldurados por flores de grande beleza. Neles o clima é adverso e atinge temperaturas extremas, muito elevada no verão e no inverno às vezes inferior a 0ºC;

III) CAMPOS CERRADOS – junto aos campos rupestres, em condições semelhantes de altitude e clima, mas outras condições de solo, encontram-se manchas de cerrados facilmente identificáveis pelas árvores baixas e tortuosas e pela presença de espécies típicas como o murici, o pau-terra, a quaresmeiras e os ipês. Neles são muitas as gramíneas, e podem também ser observadas sempre-vivas.

LOCALIZAÇÃO DA PORTARIA NO MAPA: (Ver aqui)


Fotos